Pai rico, filho nobre, neto pobre…

Todos já ouvimos este provérbio, que infelizmente segue se comprovando correto em muitos casos ainda hoje. Segue abaixo um artigo interessante de Chris Taylor, colaborador da Reuters, publicado no Valor de hoje:

Franqueza e lições inteligentes sobre dinheiro preservam a fortuna da família
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Renda Fixa Internacional

Compartilho estudo detalhado e interessante para quem considera não apenas diversificar parte do seu patrimônio em renda fixa, como também, internacionalmente.

Apesar da percepção de que a renda fixa seja equivalente a um risco comparativamente menor, por exemplo em relação ao investimento em bolsa, toda e qualquer classe de ativos oferece oportunidades e riscos que podem ser muito consideráveis.

É imperativo ter clareza sobre o que pode estar envolvido, assessoramento qualificado e bom senso. As escolhas não devem apenas visar a maximização do lucro, mas sim estar adequadas ao seu perfil, e alinhadas aos seus objetivos de vida, oxalá realistas.

No cenário dominado por juros negativos em diversos países e a expectativa que se arrasta há muito tempo sobre a retomada destes por exemplo nos EUA, fazem com que definir parâmetros relevantes e confiáveis seja um desafio considerável, não apenas para leigos. Somam-se aí as inseguranças em relação ao sobe e desce das moedas, as experiências recentes com avaliações por terceiros, como agências de “rating”, e outras. Do lado das tentações temos países com juros reais altos, que podem nos levar a desenvolver certa miopia e “preguiça” de pensar além do que se apresenta como o óbvio. Veja os dez países com a maior taxa de juro real entre 40 países (descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses) – Fonte: Moneyou/O Globo (03/2015)

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Family Business

Compartilho estudo publicado pela McKinsey & Company, analisando de forma abrangente e com a devida profundidade diversos aspectos e perspectivas relevantes sobre empresas familiares num formato calcado na realidade.  Acredito ser de interesse tanto para quem está à frente ou por assumir responsabilidades dentro de empresas familiares, como também para o vasto universo dos que com estas interagem.

Em muitos sentidos, hoje os grupos familiares estão mais fortes e são mais vitais e importantes do que nas últimas décadas. Diversas estimativas indicam que sua participação no PIB global gira em torno de 70% a 90%. Embora muitos negócios familiares tenham capital fechado, cerca de 20% das empresas que compõem o índice Fortune Global 500 é controlado por seus fundadores ou por grupos familiares. O mesmo é verdade para 40% das principais empresas listadas em bolsa na Europa. Empresas familiares são especialmente importantes em mercados emergentes e representam aproximadamente 60% das empresas do setor privado com receita igual ou superior a US$ 1 bilhão.

Espero que seja inspirador e útil, e fico à disposição para aprofundar este e outros assuntos ligados à vida financeira pessoal, da família e ao desenvolvimento dos negócios desta.

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Herança

Normalmente não nos agrada muito pensar a respeito do tema da herança que um dia deixaremos…

Nos confronta com a realidade mais absoluta e indiscutível da condição humana, que é a de estarmos neste planeta de forma transitória, pelo menos enquanto que matéria.

Herança

Ainda assim, talvez valesse a pena dedicar algum tempo ao assunto na condição de um evento (quem sabe…) não iminente, ainda lúcidos o bastante para não precisarmos delegar ao “deus dará” da legislação e possíveis disputas.

Invariavelmente acreditamos que a cena acima só acontece em outras famílias…. Cuidado… Normalmente, o fato só muda de nome e endereço.

Entre outros antídotos para que a charge acima não passe a fazer parte da história da sua herança, considere organizá-la devidamente e trabalhar os valores e as expectativas dos prováveis beneficiários. É uma matéria complexa tanto sob o ponto de vista jurídico e tributário, como do emocional. Para grande parte dos desafios existem caminhos a serem escolhidos, alguns podendo ser definidos de antemão através de estruturação, produtos e serviços disponíveis no mercado.

Raramente se trata apenas de bens materiais e dinheiro, envolvendo também emoções, lembranças e sentimentos, tanto dos diretamente envolvidos, como de terceiros. 

Os comportamentos mais inesperados podem aflorar nesta hora.., até “Freud” tendo dificuldades para explicar alguns destes…

Segue abaixo o link para um artigo publicado recentemente no Valor, abordando algumas considerações práticas sobre o tema, já que o planejamento pode também incluir uma reflexão sobre doações em vida: Continue lendo

Investment Strategy  

Compartilho a visão de mercado de uma instituição bastante focada nas suas competências centrais, cujo desenvolvimento e trabalho tenho acompanhado de perto há alguns anos.

“We continue to envisage a global macro constellation that is largely supportive of equities. Questions and uncertainties center around increasingly high equity valuations and the fact that the bull market has already lasted more than six years. History tells us, however, that financial-market risks are highest when an economic cycle is mature and central banks need to tighten policy.”

Pode ser importante acompanhar fontes de origem, formato e envergadura diferenciadas, para melhor embasar nosso próprio raciocínio e decisões sobre aquilo que eventualmente nos aguarda. Ponto de partida importante para que, calcado nos objetivos postos no contexto do planejamento da vida financeira de cada um, possamos tomar as decisões mais acertadas, e não gastar tempo com arrependimentos…  Sabemos que a vida não é feita apenas de acertos. No frigir dos ovos a questão acaba sendo para onde tende a balança dos resultados obtidos pelas escolhas feitas, como estes se encaixam nos objetivos de cada indivíduo ou família, e como cada um consegue conviver com a sua realidade.

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Temas

Compartilho análise interessante do Bank of America Merrill Lynch com informações estatísticas e diversas considerações sobre o cenário internacional, que pode valer a pena serem analisadas para formação da opinião própria em relação ao que nos pode estar aguardando nos próximos tempos.

Chamo também a atenção para uma compilação feita por “Temas de investimento”, abordagem que me parece muito interessante tanto no mundo das finanças como no dos negócios. O que está em qual momento “do ciclo”, onde estão as maiores carências, oportunidades e probabilidades de que possa haver um retorno sustentável, e não apenas uma sensação de “prazer”, sem explicação nem continuidade…? Continue lendo

O que fazer na crise?

Compartilho artigo do ilustre economista e amigo Roberto Macedo, publicado no Estadão do dia 19 de março de 2015.

Muitas das considerações não se aplicam apenas a grandes empresas e marcas, mas também àquelas familiares e para a perenidade do pequeno negócio, e qualidade de vida sustentável do empreendedor que está a sua frente.

É na hora do “aperto” que a criatividade, visão crítica e percepção de oportunidades podem e devem ficar ainda mais aguçadas, assim como a disposição para olhar e agir no “quintal de casa”, viabilizando a continuidade e o desenvolvimento, mesmo em circunstâncias à primeira vista desfavoráveis. Ficar refém dos cenários econômicos, políticos e conjunturais que se nos apresentam e fogem do nosso controle não pode ser uma boa receita. Acompanha-los com olhar atento e espírito aberto, crítico e construtivo pode ser bom remédio. Ter um plano de cruzeiro que preveja não apenas dias de sol, mas também chuvas, tempestades e panes, pode ser uma âncora necessária para atingir o destino da sua viagem. Continue lendo

The land of wishful thinking

Compartilho artigo sobre a situação no Brasil vista por Arthur Kroeber, diretor da GaveKal Dragonomics, firma independente de análises sobre economia global. O artigo foi escrito antes das manifestações de 15 de março de 2015.

“The only good news is that most people seem to think the Petrobras scandal marks a turning point in the treatment of corruption: in a few years. Brazil will emerge with a significantly cleaner political system. And the economy is large and diversified enough that it can weather a period of contraction without a severe decline in absolute living standards. For the next year or two, though, there is little reason to expect anything other than more pain.”

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Mais do mesmo?

Tempos incertos para quem depende de retorno líquido dos mercados financeiros. Volatilidade mais alta nas bolsas no que já pareceu “fácil”.

Pilares como a Petrobrás com alguns dos seus fundamentos sendo questionados… Dúvidas sobre se e qual será a nova revelação bombástica que derrubará outros ícones.

Rentabilidade real comprometida na renda fixa pela inflação que não é mais subjugada às artimanhas eleitoreiras… Para onde vão os juros das diversas economias, e quando? Qual é a alternativa?

Em momento de muitas incertezas a visão holística e de mais longo prazo sem dúvida ganha relevância, assim como uma diversificação bem pensada, que tenha boa probabilidade de no mínimo, não comprometer os seus objetivos.

Certamente não há receituário mágico ou “tamanho único” que sirva para todos. Mas insistir apenas no “mais do mesmo” dificilmente pode ser a solução para a agonia e muitos. Considere lembrar que sabendo não haver milagres nem almoço de graça, ou seja, que cada moeda tem dois lados, podem existir alternativas além do que estamos acostumados, e além das nossas fronteiras. O viés de se confiar no que parece mais próximo e verificável nos faz frequentemente concentrar perigosamente riscos em certas classes de ativos, como por exemplo geograficamente, em imóveis ou renda fixa, etc.. 

Compartilho lista “atual” de papéis de renda fixa emitidos em diversas moedas por países tidos como emergentes, como apenas uma das muitas alternativas a serem consideradas numa carteira diversificada. Apesar da “vala comum” de “emergente” existem diferenças substanciais que na composição de um todo podem servir para mitigar riscos, e alavancar retornos. Neste caso é mais do parecido, e não do mesmo. Obviamente, é apenas um dos elementos possíveis, o essencial não sendo apenas a rentabilidade e riscos correlatos, mas sim, se estes estão alinhados com suas possibilidades e necessidades. “Suitability” em relação ao seu perfil e objetivos talvez seja uma das palavras chave.  Continue lendo

Brasil 2015/2016

Seguem em anexo duas análises interessantes, uma com enfoque “macro”, a outro com foco no setor “Real Estate” Brasileiro.

Após longo período de desmandos e ilusionismo eleitoreiro, aos poucos o cenário vai ganhando contornos mais nítidos.

Independentemente da leitura mais ou menos otimista/pessimista, até prova do contrário sempre haverá um próximo dia, e cada moeda tem dois lados. Portanto pode ser útil não se deixar tomar pelo “clima” vigente, ficar continuamente“antenado”, bem informado e com os “pés no chão”, nunca perdendo seus objetivos de médio e longo prazo de vista, procurando identificar reais oportunidades que possam ajudar na realização destes, evitando possíveis “frias” e tentações pouco claras.

Espero que seja inspirador e útil, e fico à disposição para aprofundar este e outros assuntos ligados à vida financeira pessoal, da família e ao desenvolvimento dos negócios desta. Continue lendo